Quem tem melhor memória autobiográfica pode ser mais criativo?
Processos relevantes para o pensamento criativo não são potenciados em indivíduos com um desempenho altamente superior de memória autobiográfica.
Mulheres mostram maior apetência para o multitasking?
Estudo com 167 participantes do Reino Unido concluiu que as mulheres acreditam ter maior propensão para o multitasking do que os homens.
O que nos lembramos dos sonhos varia com a idade?
Estudo revela que não há diferenças relevantes entre a recordação dos sonhos em jovens adultos e em idosos.
14º Simpósio “Aquém e Além do Cérebro”: inscrições abertas
Já abriram as inscrições para o 14º Simpósio “Aquém e Além do Cérebro”, que vai debater o tema "Criatividade", entre 3 e 6 de abril, no Porto.
Efeitos de uma intervenção mindfulness online
No âmbito do projeto de investigação 104/18 - Effect of mindfulness on EEG brain activity for cognitive and psychological well-being in the elderly, liderado por Samantha Galluzzi, a equipa de investigação visou avaliar os resultados cognitivos, psicológicos e fisiológicos, a curto e longo prazo, de uma intervenção baseada em mindfulness (MBI) de 8 semanas, adaptada para videoconferência em direto, num grupo de idosos saudáveis. Os resultados, publicados na revista científica BMC Geriatrics, no artigo Cognitive, psychological, and physiological effects of a web-based mindfulness intervention in older adults during the COVID-19 pandemic: an open study indicam que os participantes melhoraram em vários domínios, incluindo memória verbal, atenção alternada e funções executivas, consciência interoceptiva e ruminação entre o antes e o depois do MBI e no follow-up de 6 meses (T6). De notar que as mudanças mais significativas, com tamanhos de efeito médios, foram observadas na memória verbal imediata e na autorregulação na consciência interoceptiva, e estas melhorias mantiveram-se em T6. Além disso, o estudo revelou alterações na modulação da atividade alfa1 e alfa2 do EEG, que se correlacionaram com melhorias na atenção alternada, função executiva e ruminação.
Será que a autossugestão modula a nossa realidade?
A autossugestão postula que os indivíduos podem influenciar os seus próprios estados mentais e fisiológicos através da repetição de um pensamento, a chamada sugestão. A equipa de investigação liderada por Elena Azañón testou se a autossugestão pode alterar a perceção somatossensorial dos participantes num dedo. Em três experiências independentes, os participantes foram solicitados a modular a intensidade percebida de estímulos vibrotáteis na ponta do dedo através da autossugestão de que essa perceção parece muito forte (Experiência 1, n = 19) ou muito fraca (Experiências 2, n = 38, e 3, n = 20), enquanto eram solicitados a relatar a frequência percebida. Curiosamente, um aumento na intensidade dos estímulos vibrotáteis, mantendo a frequência constante, pode levar a um aumento ou a uma diminuição na sua frequência percebida. Embora a direção desse efeito seja diferente entre as pessoas, ele é geralmente constante dentro de um indivíduo e pode, portanto, ser usado para testar o efeito da autossugestão num desenho intra-sujeitos. Observou-se que a tarefa de alterar a intensidade percebida de um estímulo tátil por meio da autossugestão modula a perceção da frequência tátil. Este estudo foi desenvolvido no âmbito do projeto de investigação 296/18 - The power of mind: Altering cutaneous sensations by autosuggestion, apoiado pela Fundação BIAL, e publicado na revista científica Scientific Reports, no artigo How the inner repetition of a desired perception changes actual tactile perception.
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